quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Emprego do gerúndio


Gerúndio é uma forma verbal conhecida como forma nominal do verbo, juntamente com o infinitivo e o particípio. Os gerúndios são terminados em "ndo". É chamado de forma nominal, porque o verbo pode em certas situações atuar como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Esta forma nominal pode e deve ser usada para expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra, ou para exprimir a idéia de progressão indefinida. No Brasil o gerúndio é usado de uma maneira exagerada, talvez por ter influência da língua inglesa.
O uso do gerúndio será cada vez mais impróprio quanto mais próximo estiver da função adjetiva, ou da expressão de qualidades ou estados, ou quanto maior a distância entre o tempo da ação expressa por ele e o tempo da ação do verbo principal.
Exemplos:
- Você pode estar passando o número do seu telefone.
- Eu vou estar indo pessoalmente levar os seus pertences.
- Ela vai estar mostrando como tudo aconteceu.
O gerúndio é usado corretamente quando expressa ações que estão acontecendo, no presente. Não deve ser utilizado para o futuro.
Exemplos:
- Presente
Vamos enviar os materiais na semana que vem. (correta)
Nesta semana estou estudando para o vestibular. (correta)
- Futuro
Estarei enviando os materiais na semana que vem. (incorreta)
Nesta semana estarei estudando para o vestibular. (in
correta)
O gerúndio também está bem-empregado quando há predominância do caráter verbal ou adverbial; caráter durativo da ação está claro; a ação expressa é coexistente ou imediatamente anterior à ação principal.
Fonte: Colégio Web

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Leitura e produção de textos - linguagem regional


O texto abaixo é interessante para se estudar com os alunos a diferenças de linguagem.  Uma atividade interessante é pedir aos alunos que reescrevam o texto em linguagem culta e depois discutir com eles se muda alguma coisa na significação do texto. É importante, também, falar da adequação da linguagem, o texto culto não vai ter a mesma graça do texto na linguagem regional. Essas observações fazem com que o aluno aprenda que dependendo do contexto a linguagem que se pede é outra.



sábado, 16 de janeiro de 2010

Reunião de Pais - Texto de sensibilização

Primeira reunião de pais é sempre um sufoco para a escolha de uma mensagem legal e que dê o recado.
Recebi da professora Mary Aguiar um sugestão que gostei muito e gostaria de partilhar. A professora explica como conduziu a reunião:

Veja a mais aqui

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Acordo ortográfico

Olimpíadas de Português

MEC anuncia inscrições para olimpíada


Começam em 22 de fevereiro e vão até 30 de abril as inscrições para a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Promovida conjuntamente pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, a olimpíada tem entre seus objetivos estimular a leitura e o desenvolvimento da escrita na educação básica pública. O lançamento oficial será em 2 de março, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.

Com o tema “O lugar onde vivo”, estudantes e professores vão trabalhar textos de quatro gêneros literários. Alunos do quinto e sexto ano do ensino fundamental (quarta e quinta séries) vão desenvolver a poesia; sétimo e oitavo ano (sexta e sétima séries), textos no gênero memória; nono ano do ensino fundamental (oitava série) e primeiro ano do ensino médio, crônica; segundo e terceiro anos do ensino médio, artigo de opinião.

A expectativa do Ministério da Educação é que 145 mil escolas e mais de 6 milhões de estudantes participem das atividades da olimpíada neste ano. Para que isso aconteça, será necessária a adesão das secretarias de educação dos 26 estados e do Distrito Federal e dos 5.563 municípios. A adesão é o primeiro passo. O segundo é a inscrição da escola. O investimento do MEC nessa ação será de R$ 13 milhões.

Ornamentação da sala



As professoras das séries iniciais gostam de ornamentar as salas de aulas. Sugestões para sua sala de aula. Mais sugestões aqui

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mensagens para o início do ano

O ano letivo se aproxima e é bom pensar numa maneira de receber nossos alunos. No final do ano, ouvi o seguinte comentário na sala dos professores: o primeiro dia de aula já vai ser com alunos em sala de aula, o tempo de planejamento virá um mês depois. Acho isso no mínimo meio estranho.Não planejar nada em conjunto para receber o aluno. Bem são coisas que acontecem e que merecem nossa reflexão.
Pensando nisso, imaginei que seria interessante que os educadores pudessem ter em mãos algumas mensagens que incentivassem os alunos quando voltassem às aulas.

(Outras virão)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Meu filho ainda não sabe ler


Um texto interessante para professores e pais ansiosos

Por que meu filho ainda não sabe ler e escrever?




Mais um ano letivo se inicia, e com ele, muitos sonhos e projetos se renovam. Para os alunos que já freqüentam a escola há algum tempo, é sempre a promessa de um ano melhor, com mais atenção, com mais dedicação e notas melhores. Promessa nem sempre cumprida, diga-se de passagem. Para os que estão iniciando numa escola nova, é a expectativa de novos professores, novos colegas, novas caras, novas cobranças e o medo de não se adaptarem ao novo. Mas para aqueles que estão ingressando pela primeira vez na escola básica, a famosa primeira série do ciclo básico, é um mundo novo, com as expectativas redobradas e o sonho de finalmente aprender a ler e escrever. E é sobre esse sonho/pesadelo que quero falar aqui, porque a primeira série e todo o processo de alfabetização da criança tornam-se para alguns pais e filhos motivo de angústia e desespero, quando deveria ser um momento de alegria e de puro prazer.
Não existe nenhuma lei nem nenhum decreto que determine que a criança deva aprender a ler e a escrever na primeira série do ciclo básico, no entanto, por um consenso social, ficou oficializado que era na primeira série que isto deveria acontecer. Possivelmente, esta obrigatoriedade é ainda herança dos tempos em que a alfabetização era iniciada na primeira série, quando a professora, de fato, ensinava o bê-a-bá, e o que se fazia, de fato, era juntar bê mais a com o auxílio da cartilha, onde havia uma série de frases prontas, sempre seguindo a ordem alfabética.
Na ansiedade de verem seus filhos lendo e escrevendo o mais cedo possível, alguns pais acabam transformando esse momento tão rico e tão difícil para a criança num pesadelo de cobranças, de queixas e de reclamações, que respingam por todos os lados, desde a própria criança até a professora, atingindo a escola, o método de ensino, o material pedagógico, etc, gerando uma angústia que muito atrapalha o processo, que por si já é extremamente difícil para a criança. Então, antes que a ansiedade aflore e que as queixas comecem a pipocar por todos os lados, vamos esclarecer alguns pontos sobre o que, realmente, é aprender a ler e escrever
Com as descobertas da Psicogênese da Língua Escrita, ou melhor, com a descoberta de como se dá o processo de aquisição da língua escrita, muita coisa mudou na concepção do que é alfabetização. A primeira delas é que ler e escrever são um processo de construção interna (assim como todos os processos de aprendizagem humana ocorrem de dentro para fora do sujeito) que começa bem antes de a criança entrar na escola e vai muito além da primeira série. 
Começa quando ela se dá conta de que existe uma língua que se fala e uma língua que se escreve, e que escrever é transformar a língua falada num código gráfico simbólico, o que exige uma elaboração mental extremamente complexa. Para dominar esse novo código ela precisará de alguns anos. Mas esse processo é longo e difícil para a criança, pois não é resultado da acumulação de informação sobre sílabas, alfabeto e letras, e sim a transformação das hipóteses que ela constrói em seu esforço para compreender o que é para quê serve e como funciona a escrita. Sendo uma construção absolutamente pessoal, individual, interna e intransferível, é, portanto, impossível para alguém determinar com precisão em que momento ela acontecerá. Ao contrário do se pensava até há algum tempo, que escrever era juntar letras e sílabas, e que ser alfabetizado era saber escrever o próprio nome, hoje só é considerado efetivamente alfabetizado o sujeito que:

a) Compreende as funções da língua escrita na sociedade (para quê serve a escrita)
b) Compreende as diferenças entre desenho e língua escrita (grafismo figurativo e grafismo simbólico)
c) Apropriou-se do código lingüístico a ponto de poder usá-lo para comunicar-se através dele
d) Consegue ler e levantar questões diante de um texto
e) Percebe que a escrita é importante na escola porque é importante fora dela.O que se sabe é que crianças que têm mais acesso a diversos portadores de textos (livros, revistas, jornais, gibis, rótulos de embalagens, etc); que convivem mais com situações de leitura (pessoas lendo ao seu redor) e ouvem pessoas lerem para elas, aprendem a ler e escrever com mais rapidez e facilidade. Crianças que convivem em lares de pessoas letradas e que fazem uso constante da escrita, aos dois anos de idade já brincam de escrever e rabiscam o papel dizendo que "estão escrevendo". Isto significa que já compreenderam que existem outras formas de comunicação além da fala, e que uma delas é a escrita. Com o tempo transformarão esses "rabiscos" em escrita de verdade. Mas para isso precisarão de nosso apoio, de nossa compreensão e de nosso encorajamento. Cobranças, queixas e críticas não ajudam ninguém a aprender nada.Se quisermos que nossos filhos aprendam de verdade, o melhor a fazer é lermos muitas histórias, oferecermos muitos livros de histórias infantis, muitos gibis, muitas revistas e enchermos a casa de lápis de cor e de papel para que possam rabiscar e desenhar à vontade suas próprias idéias. E um dia, quando menos esperamos, no café da manhã eles nos surpreendem lendo Mar-ga-ri-na ou escrevendo num pedaço de papel com uma letra desafiadora e mal equilibrada: u meu pai e legau. Nesse dia, damos a mão à palmatória e dizemos: Muuuuuuuuiiito bemmmmm!!! É tudo o que se deve dizer a quem se esforçou tanto par achegar até aí. Com o tempo eles perceberão que a nossa língua tem muito mais dificuldades do que se possa imaginar. Mas isto é outra história que fica para outra vez. Por hoje, basta comemorar.
     
Cybele Russi é Pós-graduada em Psicopedagogia                                                                                                                                        Clínica e Institucional